Toda venda de um produto ou serviço com pagamento a prazo, origina um direito de receber do lado da empresa prestadora do serviço/vendedora do produto. Este direito de receber um valor no futuro, é o que chamamos de recebível, podendo ainda ser classificado como recebíveis performados ou recebíveis não performados.
Parece uma classificação pouco relevante, mas a distinção entre recebíveis performados e recebíveis não performados impacta diretamente no risco de crédito e, como efeito, no custo de captação da linha de empréstimo.
Quais as diferenças entre recebíveis performados e recebíveis não performados?
Em um contexto mais amplo, essas são as diferenças entre os tipos de recebíveis:
- Recebível não performado – é aquele onde a venda aconteceu, a nota fiscal foi emitida, porém, a prestação do serviço ou a entrega do produto ainda não aconteceu. Ou seja, há um relacionamento estabelecido entre cliente e empresa (emissão de nota de compra, por exemplo), mas ainda há o risco de cancelamento.
- Recebível performado – analogamente, recebíveis performados são aqueles onde a prestação do serviço ou entrega do produto já aconteceu. Neste cenário, a possibilidade de cancelamento da transação é menor.
No contexto de recebíveis de cartões, o que significam os recebíveis performados?
As informações sobre os recebíveis de cartão de crédito ficam disponíveis nas registradoras de recebíveis, facilitando a negociação desses ativos pelo seu detentor (empresa que fez a venda do produto ou serviço) com outras empresas, sejam estas instituição financeira ou não. Falamos mais sobre esse assunto neste vídeo, disponível em nosso canal no youtube e em diversos outros artigos do blog. Essa negociação pode ser uma antecipação do valor a receber, por exemplo, que é uma operação muito comum no varejo.
Quando falamos das operações utilizando recebíveis de cartão de crédito como garantia, é preciso levar-se em consideração se os recebíveis são performados ou não. Esta informação é relevante pois impacta o risco da operação e, consequentemente, impactará o custo final da operação de crédito. Quanto maior o risco da operação, maior será a taxa cobrada pela empresa que está realizando a antecipação ou a oferta de crédito.
Nas operações de recebíveis de cartões performados, a venda já foi realizada e, apesar de existir a possibilidade do cancelamento da transação, o risco é consideravelmente menor.
As operações com recebíveis não performados, como o crédito fumaça, por exemplo, representam maior risco porque, dado que o produto ainda não está nas mãos do cliente final (ou o serviço ainda não foi prestado), existe a possibilidade de que o mesmo possa sofrer devolução ou cancelamento, processo conhecido como chargeback.
Outro ponto de risco de crédito para operações de crédito fumaça que usam recebíveis não performados, é o fato de eles serem baseados em projeções de caixa futuros, que podem ou não se concretizar.
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